Dois vídeos gravados pelo major da reserva Pedro Silva dias antes de fugir da Academia da Polícia Militar de Alagoas, onde estava custodiado desde janeiro, vieram à tona nesta semana. As gravações foram feitas em 28 e 29 de maio e mostram que o oficial teve o a um aparelho celular dentro da unidade militar.

Nos vídeos, com cerca de sete minutos cada, o major contesta a legalidade da prisão preventiva relacionada a uma denúncia de violência doméstica. 

Ele relata um episódio de agressão envolvendo a ex-companheira e diz não ter tido intenção de causar ferimentos. Na segunda gravação, continua o relato iniciado no dia anterior e faz comentários pessoais sobre a ex-esposa.

A corporação ainda não se pronunciou oficialmente sobre como o equipamento chegou até o detento nem sobre os detalhes da fuga.

Pedro Silva estava preso desde 10 de janeiro. Após fugir da unidade, ele sequestrou familiares da ex-companheira e matou o próprio filho, de 10 anos, e o ex-cunhado, que era sargento da PM. 

O major foi localizado e morreu em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) no último sábado, 7. A investigação segue em andamento.