Paulo Dantas vai ao Supremo para ter o a inquérito de “rachadinhas”

A defesa do governador afastado de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) neste sábado, 15, um pedindo para ter o às medidas investigativas sobre organizações criminosas que deram início ao afastamento do governador.relacionadas_esquerda

No documento, a defesa alegou que somente tem conhecimento pelos fragmentos vazados para a imprensa. “O caso sub judice se refere a um afastamento de um governador, candidato favorito à reeleição no estado de Alagoas (com 59% das intenções de votos válidos), sem que haja uma acusação formal e sem que se tenha permitido o aos autos em que fora proferida a decisão”, disse a defesa.

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu na tarde de quinta-feira, 13, manter o governador afastado do cargo até o dia 31 de dezembro. Caso seja reeleito, Dantas poderá voltar à ativa e tomar posse no dia 1º de janeiro do ano que vem.

No placar, foram 10 votos de ministros favoráveis ao afastamento e 2 contra. O alagoano Humberto Martins declarou suspeição e não votou. Paulo Dantas foi afastado na terça-feira, 11, por decisão da ministra do STJ, Laurita Vaz. A determinação ocorreu no âmbito da Operação Edema, da Polícia Federal.

A ação investiga a prática sistemática de desvios de recursos públicos que ocorre desde 2019 na Assembleia Legislativa de Alagoas. Dantas foi apontado pela PF como principal beneficiário e "autor intelectual" de suposto esquema de desvio de verba pública por meio de "rachadinha".

A suspeita é que parte dos valores sacados pelos funcionários tenha sido usada para pagar despesas pessoais de Dantas, como a aquisição de imóveis de luxo. Os ministros Laurita Vaz (relatora), Francisco Falcão, Herman Benjamin, Benedito Gonçalves, Og Fernandes, Raul Araújo, Paulo de Tarso, Isabel Galotti, Nancy Andrighi e Antonio Carlos Ferreira votaram a favor do afastamento.

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