FORÇAS ARMADAS

Militares já esperam ordem de Lula para dissolver atos golpistas

Sinalização foi feita por oficiais de alto escalão ao futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
Por Agências de notícias 14/12/2022 - 13:19
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Reprodução/TV Globo
Terrorismo bolsonarista em Brasília enterrou a falsa percepção de que os atos golpistas seriam manifestações pacíficas
Terrorismo bolsonarista em Brasília enterrou a falsa percepção de que os atos golpistas seriam manifestações pacíficas

Os comandantes das unidades militares já aguardam uma ordem para dispersar os bolsonaristas acampados em frente aos quartéis. A expectativa é de que o comando parta do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assim que tomar posse, no dia 1 de janeiro. Segundo a Folha de S. Paulo, a sinalização teria sido feita por oficiais de alto escalão ao futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. 

A necessidade de dispersão dos movimentos golpistas já havia sido manifestada por Lula a aliados e a interlocutores junto aos militares.


De acordo com um comandante militar ouvido pela reportagem, a noite de terror promovida por bolsonaristas em Brasília na segunda-feira (12) enterrou de vez a falsa percepção de que os atos golpistas seriam manifestações pacíficas e legítimas.

A avaliação é de que até o momento os militantes bolsonaristas incorreram no crime previsto pelo artigo 286 do Código Penal, que trata da incitação das Forças Armadas a agirem contra outros Poderes. Em frente aos quartéis, bolsonaristas pedem, por exemplo, intervenção militar para evitar a posse de Lula. A legislação prevê punição de até seis meses de prisão.

A onda de vandalismo em Brasília no dia da diplomação do presidente Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), repercutiu com intensidade na imprensa estrangeira. O terror bolsonarista serviu para desgastar ainda mais a imagem do “capetão” Jair Bolsonaro, que já é tratado com um pária pela comunidade internacional.

O vandalismo foi destaque em todas as agências internacionais de notícias. A Associated Press, que despacha para mais de 6 mil sites do planeta, registrou as cenas de violência e a tentativa dos fascistas de invadir a sede da Polícia Federal. Já a Reuters, que tem suas matérias reproduzidas em 3,3 mil veículos noticiosos, relatou alguns confrontos.


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