JUSTIÇA
Julgamento de Bolsonaro: quando será o depoimento do ex-presidente no STF
Ex-presidente será o sexto a depor; sessões seguem até sexta-feira, 6
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será o sexto a prestar depoimento ao Supremo Tribunal Federal, STF, na ação penal que investiga a tentativa de golpe para mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022. A oitiva dos réus começou nesta segunda-feira, 9, com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator no caso.
As sessões seguem até sexta-feira, 6, e ocorrem presencialmente na sala da Primeira Turma do STF, adaptada especialmente para o formato. Apenas o general Walter Braga Netto será ouvido por videoconferência, pois segue preso no Rio de Janeiro.
Além de Bolsonaro e Cid, também serão interrogados os ex-ministros Augusto Heleno (GSI), Anderson Torres (Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Braga Netto (Casa Civil), o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier.
O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, conduzirá os depoimentos, seguido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e dos advogados de defesa. Os acusados poderão permanecer em silêncio para evitar autoincriminação e estão proibidos de se comunicar entre si, embora possam se cumprimentar.
A ordem dos interrogatórios, com exceção do delator, é alfabética. Por isso, Bolsonaro deve se sentar ao lado de Mauro Cid e do general Augusto Heleno. A presença é obrigatória até o momento do depoimento; após falar, cada réu pode ser dispensado do restante da audiência.
Para garantir a segurança, o STF reforçou o esquema de controle de o ao prédio e realiza transmissões ao vivo pela TV Justiça. Segundo o cientista político Fabio Andrade, da ESPM, a exibição integral dos depoimentos visa combater a desinformação por meio de cortes editados que circulam em redes sociais.
Ordem dos interrogatórios:
Mauro Cid (delator e ex-ajudante de ordens);
Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin);
Almir Garnier (ex-comandante da Marinha);
Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
Augusto Heleno (ex-ministro do GSI);
Jair Bolsonaro (ex-presidente da República);
Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa);
Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil — por videoconferência).